domingo, 30 de setembro de 2012

A minhoca


     Acredita-se que no mundo todo existam mais de 8 mil espécies diferentes de minhocas. No Brasil, são conhecidas entre 240 e 260 espécies, sendo sua grande maioria minhocas nativas. Contudo, a espécie mais utilizada para a produção de húmus no mundo todo é a Vermelha-da- Califórnia (Eisenia fetida Savigny). A minhoca Vermelha-da-Califórnia é a preferida para a produção de húmus pois, além de se adaptar facilmente às condições de cativeiro, apresenta uma grande capacidade de produção de húmus e uma alta velocidade de reprodução. Esta espécie consegue consumir diariamente o equivalente ao seu peso em matéria orgânica e produz um casulo a cada 3 a 7 dias, contendo em seu interior entre 2 e 5 novas minhocas.

Aspecto externo do corpo de uma
minhoca, Vermelha-da-Califórnia.

Um minhocário feito a partir de garrafa pet


 

Materiais necessários para cada minhocário:

- Garrafa PET de 2 litros ou um vidro de conserva grande e de boca larga

- Terra escura
- Areia
- Esterco
- Pó de giz
- Folhas secas
- Água
- 5 Minhocas
- Um pedaço de tule ou tela de náilon
- Saco de lixo preto, tecido escuro ou cartolina preta

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O que é humus de minhoca?

 É o adubo de minhocas feito a partir de resíduos animais e vegetais. As minhocas ingerem os resíduos e os transformam em húmus durante a passagem pelo intestino, com a ajuda de microrganismos benéficos e substâncias bioquímicas. O húmus liberado pelas minhocas, após a transformação dos resíduos orgânicos, é bem característico: escuro, com partículas semelhantes a pó de café e com cheiro de solo de mata.

Fonte : Embrapa


domingo, 5 de agosto de 2012

Como adubar?

Colocar 100-200 g de húmus no plantio, em vasos de plantas pequenos, e duas colheres de húmus, mensalmente. Em gramados, 500g/m2 na superfície para plantio e 300g/m2 duas vezes ao ano. Em fruteiras, colocar 500 a 600g/cova no plantio e 2 kg a cada 6 meses, de acordo com a disponibilidade.

Fonte : Embrapa

Vantagens do seu uso

-Maior resistência das plantas.
-Liberação de nutriente.
-Melhoria física no solo (poros, retenção e infiltração
de água.
-Mais microvida benéfica no solo.
-Reciclagem de resíduos.
-“Lixo” orgânico = adubo de qualidade

Fonte : Embrapa

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Dicas sobre o Manejo dos Resíduos de Cozinha para Transformação em Humus de Minhoca e Aplicação

• Adquirir três ou mais recipientes (Caixas de madeira, plásticas ou outras), de acordo com o volume de material orgânico disponível para realizar a reciclagem nas residências.
• Inicialmente, colocar solo de jardim, composto ou vermicomposto nos primeiros 10cm do recipiente para ajudar a acelerar a decomposição dos resíduos a serem colocados.
• Diariamente, colocar os resíduos orgânicos da cozinha, principalmente, restos de verduras, cascas de frutas, borra de café etc. Pode-se adicionar também resíduos de jardim ( folhas, galhos finos, gramas cortadas) ;evitar resíduos de cozinha que favorecerem o aparecimento de ratos, moscas e baratas como por exemplo, restos de feijão, arroz, cuscuz, pão velho.
• Umedecer regularmente o material nas caixas sem encharcar. Excesso de água dificulta a decomposição dos resíduos, causa mau cheiro e atrai predadores; Na prática, a condição ideal de umidade pode ser verificada quando surgirem gotas de água entre os dedos ao apertar com a mão uma amostra do material.
• Adicionar camada fina (2-3cm) de solo do jardim ou húmus pronto a cada 10- 15cm de camada de resíduos de cozinha e podas de jardim. Esse manejo acelera a transformação dos resíduos e evita moscas.
• Ao encher uma caixa com os resíduos, adicionar camada fina de solo ou vermicomposto e cobrir com capim seco ou folhas para proteger da luz e para manter a umidade e temperatura adequadas. Umedecer com regularidade. Após cerca de 2 semanas quando o material não estiver mais esquentando, adicionar
minhocas (1 a 2kg/m2) para acelerar a transformação e melhorar a qualidade do húmus.
• O adubo orgânico está pronto, em média, 1,5 a 2,5 meses após o início da decomposição, dependendo da qualidade dos resíduos orgânicos de cozinha, quantidade de minhocas no sistema, manejo e umidade.• Para separar as minhocas do húmus pronto são colocadas cascas de melancia ou outros restos de frutas num canto da caixa, ou saco (com aberturas-saco de batata) com esterco novo para atraí-las. Para empresas ou condições mais profissionais, a separação é feita por meio de peneiramento.
• Para utilização, colocar 100-200 g de húmus no plantio em vasos pequenos e 2 colheres de húmus, mensalmente. Em gramados, 500g /m2 na superfície para plantio e 300g/m2 2 vezes ao ano. Em fruteiras, colocar 500 a 600g/cova no plantio e 2kg a cada 6 meses, de acordo com a disponibilidade.
 
Referências Bibliográficas
 
INFORME AGROPECUÁRIO. Café orgânico. EPAMIG: Belo Horizonte, MG. v.
23, n. 214/215. 2002.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Armazenamento do Vermicomposto (Húmus)

     Antes de armazenar o vermicomposto, este deve ser peneirado, a fim de eliminar torrões, restos de palhas ou outras impurezas. Os torrões separados devem ser triturados e peneirados novamente.( Martinez, 1990; Pascoal, 1995b).
     
     O armazenamento pode ser feito a granel, em local aberto e ventilado e a umidade do vermicomposto deve estar entre 35 a 40%, podendo aí permanecer por um período de seis meses, desde que feitas regas periódicas para manter a umidade nos níveis indicados.
     
     Pode-se armazenar o vermicomposto também em sacos de aniagem ou tela plástica para garantir o arejamento e a sobrevivência das minhocas remanescentes mesmo após a separação. Os sacos devem ser guardados em ambientes cobertos e com boa ventilação.

Fonte : Embrapa Rondônia 

A importância da matéria orgânica no solo

     Um dos principais indicadores de qualidade do solo é a matéria orgânica. Solos com teores satisfatórios de matéria orgânica são mais aptos para o cultivo de plantas, devido as melhores
características físicas, químicas e biológicas. 
      A matéria orgânica são todos os resíduos de vegetais (talos, folhas, raízes), estercos de animais e micróbios, em diferentes estágios de decomposição, até chegar à forma de húmus, que é uma parte bastante estável de materiais decompostos.

Efeito da matéria orgânica no solo
 
     O solo funciona como um organismo vivo: em 1 grama de solo saudável vive uma comunidade biológica de aproximadamente 10.000 espécies diferentes, como minhocas, larvas, besouros, colêmbolos, ácaros, algas,bactérias e fungos. Estes organismos necessitam de alimentos para viver, principalmente carbono e nitrogênio que estão presentes na palhada das culturas e no esterco de animais. Em função disso, é importante que o solo tenha um determinado teor de matéria orgânica para fornecer os alimentos e energia que os micróbios precisam para viver. Se o solo tiver bastante vida, a população microbiana (como as bactérias e fungos benéficos) vai ajudar as plantas na absorção e bombeamento ou reciclagem de nutrientes que estão "soltos" no solo, tornando-se assim disponíveis para as plantas como alimentos. Alguns tipos de organismos produzem ácidos a partir da decomposição dos resíduos orgânicos, auxiliando na solubilização do fósforo usado como adubo.
 
A manutenção da microvida permite que os microorganismos bons desenvolvam o seu papel ecológico em relação ao solo e as plantas, como as micorrizas, por exemplo, que são fungos que "laçam" as partículas do solo, ajudando a formar agregados ou pequenos torrões que são "colados" por substâncias cimentantes produzidas pelas bactérias. Os agregados ajudam a estruturar a terra especialmente aquela que foi cultivada durante muitos anos com o uso excessivo de arado e grade, tem efeito direto na maior aeração, abertura dos poros, retenção e infiltração de água influenciando na melhoria da capacidade produtiva do solo e, em conseqüência, no rendimento das culturas. Assim, a matéria orgânica tem uma grande importância na manutenção da microvida, e isto pode ser feito através da não incorporação dos resíduos vegetais que, preferencialmente, devem ser deixados na superfície do solo, através da técnica do plantio direto ou cultivo mínimo. 

A matéria orgânica também é uma fonte de nutrientes para as culturas, especialmente nitrogênio, fósforo, enxofre e micronutrientes. Além disso, tem a capacidade de "prender" micronutrientes e alguns elementos tóxicos para as plantas como o alumínio, por exemplo. Os micronutrientes depois de presos são liberados lentamente no solo onde são gradativamente aproveitados pelas plantas.

Referências Bibliográficas :

Agroecologia Aplicada, Práticas e métodos para uma Agricultura de Base Ecológica, André M. Muller, Geivásio Paulus, Luiz Antônio R. Barcellos, Emater-RS.
 

terça-feira, 10 de julho de 2012

Materiais mais utilizados para a Vermicompostagem

Esterco de animais: bovinos, suínos, esterco de galinha, cama de frangos e esterco de ovinos. É uma fonte de nitrogênio que ajuda as minhocas na decomposição do material orgânico, principalmente quando houver resíduos de vegetais como palhadas. O tipo de esterco preferido pelas minhocas é o de bovinos, mesmo fresco. Os outros tipos de estercos, principalmente os de aves e de suínos, quando usados, devem ser de preferência misturados com o de bovinos, para evitar que o nitrogênio na forma de gás amônia seja tóxico para as minhocas.

Resíduos de vegetais: palha de gramíneas (aveia, milho, grama), bagaço de cana, sabugo triturado e palha de leguminosas (feijão, guandú, Crotalárias), casca de arroz, serragem e erva-mate. É interessante que a serragem e a casca de arroz não sejam usadas em grandes quantidades no vermicomposto porque a decomposição do material seria muito lenta, atrasando a fabricação do húmus. Com relação ao uso da palhada no composto, é interessante que seja usada triturada ou picada, facilitando assim a decomposição do material.

Restos de frutas e verduras: melancia, abacate, melão, mamão, laranja, cascas de frutas, restos de hortaliças como folhosas (alface, rúcula). O uso de restos de frutas e verduras auxiliam a multiplicação das minhocas e mantém o composto orgânico com mais umidade.

Cinza: pode ser utilizada como fonte de potássio, porém não deve ser utilizada a produzida na churrasqueira, em função do excesso de sal. O volume a ser usado é de no máximo 1 a 2% em relação ao peso do vermicomposto.

Referências Bibliográficas :

Agroecologia Aplicada, Práticas e métodos para uma Agricultura de Base Ecológica, André M. Muller, Geivásio Paulus, Luiz Antônio R. Barcellos, Emater-RS.

Ponto de maturação do vermicomposto

O composto orgânico estará pronto para ser utilizado pelas plantas quando apresentar as seguintes
características:

• coloração escura uniforme;
• ausência de cheiro;
• textura semelhante ao pó de café;
• ausência de acidez.

Referências Bibliográficas :

Agroecologia Aplicada : Práticas e métodos para uma Agricultura deBase Ecológica, André M. Muller, Geivásio Paulus, Luiz Antônio R. Barcellos, Emater-RS.

Fatores que influenciam na Vermicompostagem

A) PH : após a maturação completa do composto, o ph deve ser aproximadamente 7. Isto é indicador de que o húmus está bem estabilizado e pronta para ser utilizado nas culturas.

B) Aeração : é importante principalmente na fase inicial da fermentação do composto. É feita para diminuir a temperatura do material orgânico que naõ deve ultrapassar 40 a 50 graus centígrados, facilitando a colocação das minhocas. A aeração do composto geralmente é feita com garfo de pontas finas arredondadas ou através de que são colocados verticalmente na leira e retirados posteriormente, deixando túneis que facilitam a entrada e saída de ar.

C) Umidade : a umidade ideal para desemvolvimento das minhocas californianas é de 60 a 70 %. É importante que o composto se mantenha úmido porque o organismo das minhocas contêm 80% de água.
Para saber os teores de umidade no vermicomposto, faz-se o mesmo procedimento já descrito aneriormente para o composto.

Referências Bibliográficas :

Agroecologia Aplicada : Práticas e métodos para uma Agricultura deBase Ecológica, André M. Muller, Geivásio Paulus, Luiz Antônio R. Barcellos, Emater-RS. 

Substrato : O Alimentos das Minhocas

     O substrato é o nome dado ao material que serve de alimento às minhocas. Pode ser constituído por um ou mais resíduos orgânicos, desde que sejam pré-compostos.

     Seleção dos Resíduos Orgânicos

    Deve-se selecionar os resíoduos orgânicos em função da disponibilidade, levando-se em consideração, principalmente, a distância da fonte até a propriedade ou local onde será utilizado.
A facilidade de decomposição é muito importante quando da seleção dos resíduos orgãnicos. Essa facilidade depende da relação carbono : nitrogênio ( C/N ) que significa a proporção de carbono contida na matéria orgânica em relação ao nitrogênio. Quanto menor esta relação, mais fácil será a decomposição deste substrato.
Por esse motivo, deve-se evitar materiais com elevada relação C/N, como por exemplo a serragem.

     Os resíduos orgânicos mais comuns são classificados em :

Estercos - Encontram-se nessa categoria os estercos provenientes de bovinos, equinos,caprinos, suínos, ovinos, coelhos e aves. A composição química varia com a idade raça e alimentação. Animais que recebem ração, geralmente produzem estercos mais ricos. Espera-se que o esterco proveniente de bovinos de leite, origine um composto de melhor qualidade do que o de bovino de corte, devido a alimentação que receba. Por essas razões deve-se procurar obter o esterco sempre do mesmo fornecedor.
     Embora-se as minhocas se alimentam de resíduos diversos, os estercos tem sido considerados a principal fonte. São materiais ricos em nitrogênio, por isso são utilizados para baixar a realação C/N e acelerar o processo de decomposição. Pode ser utilizado estreco puro ou misturado aos resíduos vegetais, na proporção de duas partes de estercos para uma de resíduo vegetal. Quanto menor a relação C/N dos resíduos, maior necessidade de estercos.
     O esterco de galinha deve-se ser utilizado com prudência, uma vez que aquece com facilidade e rapidez quando empregado em grandes quantidades.
     Nunca deve-se lavar o esterco no intuito de retirar o exesso de urina. Com esse procedimento grande quantidade de dos elementos minerais são perdidos, empobrecendo o substrato que dará origem ao vermicomposto.

Restos de Culturas - nesse grupo estão incluidas as palhadas diversas, tais como palha de café, cascas de cacau, cascas e sementes de cupuaçu, palhas de arroz, restos de capina, folhas de leguminosas e outras.

Resíduos de agro-indútria - resíduos de café solúvel, de frigoríferos, de abatedouros e outros.

Lixo domiciliar -Pode ser utilizado, desde que o material inerte, tais como vidros, plástico, latas, madeiras, seja separado do material orgânico.

Lixo Urbano - o uso deste tipo de resíduos é comum nas cidades possuídoras de usinas de reciclagem de lixo. A desvantagem desse resíduo é a presença de metais pesados, como o chumbo, zinco, cobre, níquel e cádimio, que entram na cadeia alimentar atingindo o homem.

Fonte : Embrapa Rondônia
    

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Minhoca Vermelha da Califórnia

     No Brasil, a espécie mais utilizada para a produção do vermicomposto é a Eisenia foetida conhecida como Vermelha da Califórnia (foto). Trata-se de uma espécie que apresenta alta tacha de reprodução, produz grande quantidade de composto e é capaz de viver facilmente em canteiros de criação. É a menor usada das espécies usadas na vermicompostagem. Seu corpo mede de cinco a dez centímetros e dois a três milímetros de diâmetro. A cor avermelhada apenas na parte anterior do corpo, predominando a cor marrom-amarelada com intersegmentos amarelo claros, dando aspecto "zebrado" ao corpo do animal principalmente na parte terminal (Martinez,1990).

 
     É comum encontrar entre os produtores uma outra espécie, também conhecida como Vermelha da Califórnia, que apresenta uma coloração mais intensa e uniforme, que se reproduz mais rápido e se alimenta mais. Esse aspecto mais voráz dessa espécie pode apresentar problemas de fuga, caso as minhocas não sejam alimentadas e manejadas.

Fonte : Embrapa Rondônia 

domingo, 22 de abril de 2012

Projeto: Vermicompostagem: uma estratégia para a reciclagem de resíduos sólidos orgânicos em ambiente urbano

Os resíduos sólidos urbanos são uma das mais sérias formas de desperdício e de agressão ao meio ambiente, sendo compostos por uma fração orgânica que pesa em média 50%, da qual cerca de 1/3 é industrialmente reciclável. A vermicompostagem, representa uma forma eficiente de reciclagem utilizando minhocas para a biotransformação destes resíduos orgânicos em húmus, podendo este ser aplicado ao solo para melhorar suas características sem ocasionar riscos ao meio ambiente. 


O presente projeto tem como objetivos a capacitação de alunos como multiplicadores, atuando junto à comunidade informando sobre a possibilidade e importância de reciclar os resíduos orgânicos domiciliares através da vermicompostagem. Os alunos do UnilesteMG envolvidos no projeto passarão por um treinamento sobre a vermicompostagem no manejo de resíduos orgânicos urbanos, através do uso de apostilas e artigos.

Serão elaboradas uma cartilha e material didático para as palestras, contendo informações sobre o uso de minhocas no manejo de resíduos sólidos orgânicos, objetivando uma abordagem mais didática sobre o tema. Seguindo estas etapas serão promovidas palestras educativas para estudantes e professores da Escola Estadual Maurílio Albanese Novaes, Ipatinga, MG, ilustrando a importância da reciclagem dos resíduos sólidos orgânicos e o potencial de manejo destes resíduos com a vermicompostagem.
              

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